ORIGENS DO SABONETE
2800 A.C
A origem do sabão não é precisamente conhecida. Mas as primeiras evidências de um material parecido com o sabão, registradas na história, foram encontradas em cilíndros de barro (datados de aproximadamente 2.800 A.C. - antes de Cristo), durante escavações da antiga Babilônia. As inscrições revelam que os habitantes ferviam gordura juntamente com cinzas, mas não mencionam para que o "sabão" era usado.
1500 A.C.
Os antigos egípcios tomavam banho regularmente. O uso farmacêutico do sabão encontra-se descrito no ébers papyrus (datado de aproximadamente 1.500 A.C.). Este tratado médico descreve a combinação de óleos animal e vegetal com sais alcalinos para formar um material semelhante ao sabão, usado para tratar de doenças.
Mais ou menos na mesmo época, Moisés entregou aos israelitas leis detalhadas sobre cuidados de limpeza pessoal. Ele também relacionou a limpeza com a saúde. Relatos biblícos sugerem que os israelitas sabiam que a mistura de cinzas e óleo produzia uma espécie de pomada.
1000 A.C.
Aparentemente os primeiros gregos não usavam sabão. Eles limpavam seus corpos com blocos de barro, areia, pedra pomes e cinzas e, em seguida, ungiam seu corpo com óleo e raspavam o óleo e a sujeira com um intrumento de metal conhecido como strigil. Eles também usavam óleo e cinzas. As roupas eram lavadas nos rios, sem o uso de sabão.
600 A.C.
A invenção do sabonete é atribuída aos antigos fenícios que, 600 anos antes de Cristo, usavam terra argilosa contendo calcário ou cinzas de madeira (uma mistura pastosa) para limpar o corpo.
O conhecimento de um produto tão útil espalhou-se rapidamente ao longo das rotas de comércio através de Syria, de Palestina e de Egipto. Tendo chegado à Europa (França), através dos Fenícios, mas estranhamente os Romanos não aprenderam a arte de fazer sabão, durante um periodo de quase 600 anos.
Séc. I D.C.
No primeiro século da era cristã em Roma, sabão tingido foi usado nos cabelos ou até talvez em outras partes do corpo. Este costume foi adquirido dos gauleses. (Os antigos povos germanicos e gauleses também são reconhecidos como sendo descobridores de uma substância chamada sabão, feita de sebo e de cinzas. Eles usavam este material para tingir seus cabelos de vermelho).
Gaius Plinius Secundus (23 ou 24-79 D.C), autor da História Natural, menciona a preparação do sabão a partir do cozimento do sebo de carneiro com cinzas de madeira. O procedimento envolve o tratamento repetido da pasta resultante com sal, até ao produto final. Segundo Plínio, os fenícios conheciam a técnica desde 600 A..C.
Há uma lenda interessante (não suportada por nenhuma evidência) que explica que a palavra sabão teve sua origem derivada do Monte Sapo, lugar onde animais eram queimados em sacrifício aos deuses, uma prática comum na Roma antiga. A chuva levava uma mistura de sebo animal (gordura) derretido, com cinzas e barro para as margens do Rio Tibre. Essa mistura resultava numa borra (sabão). Os habitantes de Roma perceberam que as roupas ficavam mais limpas quando lavadas próximo aos altares de sacrifício.
Séc. II d.C.
o médico grego Galen (130-200 d. C) descreve uma técnica segundo a qual o sabão podia ser preparado com gorduras e cinzas, apontando sua utilidade para a remoção de sujidade corporal e de tecidos mortos da pele.
Século XII
O sabão sólido apareceu no século XIII, quando os árabes descobriram o chamado processo de saponificação - mistura de óleos naturais, gordura animal e soda cáustica que depois de fervida endurece.
Século IX
Por volta do ano 800, existiam dois grandes centros de produção de sabão. Os sabões eram feitos de óleo de azeitona e de lixívia de soda cáustica (feita através de algas marítimas)
Século XVII
Diz-se que no reino de Elizabeth I de Inglaterra o consumo de sabão era maior do que em qualquer outro país europeu. É, possível que Elizabeth I, tenha criado a moda, pois fez anunciar na corte que a rainha tomava um banho de quatro em quatro semanas "sendo necessário ou não".
Mais tarde, o sabão sofreu uma série de restições e uma pesada carga tributária sendo taxado como ítem de luxo, (Embora uma barra de sabão apenas custasse 2 libras, tinha-se que pagar um imposto de 3 libras, por essa barra). Só em 1853 é que a taxa foi abolida em Inglaterra.
Séc. XVIII
Em 1792, a primeira patente do processo de fabricação de sabão é registada; o químico francês Nicolas Leblanc consegue obter soda caústica do sal de cozinha, (elemento activo encontrado nas cinzas, que se junta à gordura para fazer o sabão). Este processo permitiam obter grandes quantidades de soda de boa qualidade a um baixo custo, dando um grande avanço na fabricação de sabão.
Em 1789, Andrew Pears fez o primeiro sabonete transparente.
Séc. XX
Durante a Segunda Grande Guerra o sabão era um produto racionalizado em muitos países, devido à escassez de óleos e gorduras para a fabricação de sabão comum. Em consequência a investigação sobre novos processo de fabrico foi acelerada, surgindo os primeiros produtos de origem sintética (detergentes, resultantes da indústria petroquímica). Com os resultados que podem ser vistos hoje nos sabonetes comerciais.
Assim surgiu um dos produtos mais usados no mundo, que hoje se apresenta nas mais diversas formas, tipos, tamanhos e cores.